sexta-feira, 15 de junho de 2012

Americano que perdeu 181 kg tem recaída e fica obeso de novo


Hoje estava lendo a reportagem desse link e pensando, analisando meu protocolo de atendimento.

Não ignore o link . Primeiro leiam e reflitam...

Eu tenho acompanhado vários pacientes que me procuram depois de terem feito uma gastroplastia, também chamada de Cirurgia Bariátrica, Cirurgia da Obesidade ou ainda de Cirugia de Redução do Estômago. É, literalmente, a plástica do estômago (gastro = estômago, plastia = plástica).

Todos, sem exceção, eu encaminho para tratamento psicológico. Mas nem todos dão conta. Acham que obesidade não tem influência do psicológico, e que agora com a redução do estômago ficarão magros para sempre. Não é bem assim.

Tanto antes como depois da cirurgia, o paciente precisa de acompanhamento nutricional, psicológico e, principalmente, do auxilio da família e do médico. Pois foi neste profissional que o paciente depositou sua confiança.

Não estou dizendo aqui que sou contra ou a favor da cirurgia. Cada caso é um caso. Estudamos para analisar o paciente como um ser humano completo e não só a parte nutricional. Ou eu estou errada?!

Vejam bem... Voltemos à reportagem com fotos. Mesmo não passando por um procedimento invasivo que é a gastroplastia, este paciente se sentiu confuso com o novo estilo de vida.

Olha que coisa interessante isso!

Apaixonei-me pela história. Pois vejo que muitos de nós passamos por isso. Trabalhar uma parte do problema não adianta. Temos que olhar para o paciente/indivíduo como um todo. Precisamos deixar de ser egoístas e buscar ajuda, parceria de outros profissionais para nos completarmos.

Vale a pena reavaliarmos o nosso protocolo. Será que assim teremos mais adesão de nossos pacientes ao tratamento? Será que deixaremos de acreditar que somos fadas madrinhas, e que não temos o poder de transformar uma abóbora em carruagem e uma gata borralheira em princesa?

Tenho um olhar diferenciado da nutrição e isso tem me ajudado muito no dia-a-dia dos meus atendimentos. 

Sempre valorizando a equipe multidisciplinar. Quando temos o suporte dessa equipe, temos do paciente: melhor adesão ao tratamento, diminuição do estresse familiare manejo de crises e recaídas das cormobidades.

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