Entende-se
por envelhecimento o processo caracterizado por alterações fisiológicas,
psicológicas e sociais que ocorrem no decorrer dos anos vividos,
com consequente limitação do organismo na sua capacidade de adaptação ao seu
próprio ambiente.
O
organismo, com o passar dos anos, começa a diminuir o “ritmo” de seu
funcionamento. As funções fisiológicas normais exercidas durante toda a
juventude começam a ficar deficientes e lentas, facilitando o aparecimento de
algumas patologias. Podem ocasionar deficiências nutricionais e/ ou o excesso
de determinadas substâncias maléficas no organismo. Todos os sistemas começam a
sofrer mudanças que impedem o funcionamento eficaz do organismo, como ocorria
na juventude.
Desânimo
e depressão podem acometer o idoso, causando certa “preguiça” em preparar
alimentos saudáveis e variados, ocasionando a monotonia alimentar. Essas
alterações afetam o estado nutricional, que por sua vez se relaciona à saúde.
Nesse contexto, uma alimentação saudável e a manutenção do estado nutricional
adequado são fatores importantes para a saúde proporcionando um envelhecimento
bem sucedido.
Vejam
algumas orientações alimentares para o idoso:
Preferir:
- 3 a 4 porções de leite e derivados ou substitutos do cálcio, 2 a 3 porções de carnes ou substitutos, 3 a 5 porções de hortaliças, 2 a 4 porções de frutas e 6 a 12 porções de cereais;
- média de 1.900kcal para sexo feminino e 2.1 00 kcal para sexo masculino; 1 g ptn1kgl dia (monitorar funções renal e hepática);
- 1.200mg de cálcio a partir de feite e derivados (especialmente iogurte pela melhor digestão e absorção de cálcio):
- suplementos em caso de desnutrição: Sustagem®, Sustain®, Nutren Pró-Active® ou Nutren Diabetes®;
- carnes magras: lagarto, filé rnignon, coxão duro/mole, patinho, alcatra, músculo;
- alimentos ricos em vitamina E (antioxidante): oleginosas, gérmen de trigo, óleo de girassol, abacate;
- 1,5 a 2,01 líquidas/dia;
- ameixa, laranja, mamão e cereais integrais (para evitar uso de laxantes); em caso de redução do paladar e olfato, garantir zinco (agrião, pasta de gergelim, broto de alfafa), ácido fólico (feijão em sopas, creme de espinafre, abacate), vitamina A (salsa, fígado, escarolas) e B 12 (cavala, salmão, carne bovina moída ou suplementos);
- melhorar o sabor dos alimentos com orégano, manjericão, pimenta, alho, limão, alecrim (alimentos saborosos liberam endorfinas e incrementam o sistema imune);
- alimentos ricos em tiamina (peja redução da eficiência metabólica): levedo de cerveja, amendoim, farelo de arroz, Sustagem®;
- alimentar-se socialmente por promover maior consumo;
- chás de camomila, erva-doce, capim limão, maçã;
- bebidas aquecidas em casos de hipotermia: chocolate quente, leite com chá de ervas claras, leite com café pingado, caldos de hortaliças, sopa de ervilha com cenoura, sopa de feijão com massa.
Evitar:
- carnes gordas: picanha, fraldinha,.acém, capa de filé, contrafilé, bacon; caldos de carne em cubos, carne-seca, azeitona;
- doces, tortas, batas, açúcares (pela progressiva intolerância à glicose);
- excesso de café, coca-cola, chá-preto, mate (favorecem desidratação).
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