Dieta alimentar para mulher diabética durante a gravidez

A gravidez provoca alterações metabólicas importantes ao feto, desde o crescimento até o desenvolvimento. O organismo materno se adapta para mandar para o feto quantidades de energia cada vez maiores, dependendo da idade da gestação, principalmente no final, quando as necessidades energéticas do feto aumentam.

A gestante diabética possui descompensações importantes do sistema insulina-glicose, ocasionando algumas vezes, alterações graves e também anomalias fetais, devido à resistência à ação da insulina nas células da mãe por parte do feto. Assim a glicose não consegue passar adequadamente do sangue para as células maternas, gerando um excesso de glicose para ser transportada via placenta para o feto.

A dieta alimentar é de total importância durante todo o período gestacional, com o objetivo de:

• Manter os níveis de glicose no sangue dentro dos limites normais enquanto durar a gestação e assegurar o bem estar do feto; 

• Fornecer a quantidade de calorias e nutrientes que atinjam as necessidades nutricionais diárias;

• Ganhar peso lentamente, de forma equilibrada, evitando fomes concentradas de açúcar.

A gestante deve realizar um acompanhamento com um nutricionista, além de monitorações de suas taxas de glicose e prática de atividade física de intensidade leve a regular.

Dieta na gravidez:

A dieta deve ter um adequado suporte calórico, ingestão de carboidratos e refeições diárias fracionadas (3 principais e 3 lanches) e com intervalos de aproximadamente 3 horas, visando o controle da glicemia, a prevenção da cetose, adequado ganho de peso e boa saúde fetal.

A necessidade energética é bastante individualizada variando de acordo com o peso pré-gravidez, estágio da gestação e com o objetivo de manter os níveis glicêmicos dentro dos padrões de normalidade. Alguns cuidados são necessários para que o risco de complicações seja reduzido e a mulher possa desfrutar o período de gravidez com tranquilidade.

Dê preferência:

• Carboidratos complexos: enfatizados devido ao seu alto conteúdo em fibras. Alguns alimentos ricos em carboidratos complexos são: cereais e derivados (como arroz, milho, farinhas e massas em geral), os tubérculos (batata e mandioca, por exemplo) e as frutas;

• Fibras: que promovem níveis ótimos de glicose sanguínea após as refeições e também podem diminuir os níveis de triglicerídeos. São encontrados em aveia, legumes, arroz integral, cevada e muitos vegetais e frutas;

• Hortaliças cruas e cozidas: consuma de 4 a 5 porções ao dia para garantir o fornecimento de vitaminas, minerais e fibras. As fibras insolúveis, fardo de trigo, grãos integrais e hortaliças, ajudam a combater a obstipação causada pela diminuição da atividade física e pelo aumento da pressão do útero;

• Água: tome pelo menos de 6 a 8 copos ao dia, nos intervalos das refeições principais;

• Laticínios: preferir os laticínios magros - 4 porções ao dia para garantir proteínas e calorias adicionais necessárias ao crescimento do feto, aumento das necessidades metabólicas da gravidez e fornecimento de cálcio necessário para o desenvolvimento adequado de esqueleto fetal. A ênfase sobre leguminosas (ex: feijão, grão de bico, Ientilha, etc.) na dieta é particularmente benéfica.

Evite:

• Açúcar: evitar o consumo de açúcares em geral, mel, melado, doce, refrigerante e bebidas adoçadas com açúcar (se necessário, utilize qualquer tipo de adoçante dietético). Não existe comprovação científica de que possam fazer mal à saúde da mãe ou causar danos ao feto, mas é melhor usá-los sob a supervisão de um médico ou nutricionista;

• Gordura: presente em alguns dos principais componentes das refeições, como bife, queijo, maionese e frituras. Substitua à manteiga, a margarina comum, a banha e o toucinho por margarina light. Assim, você vai ingerir uma quantidade menor de gorduras. Na cozinha, use óleos vegetais de milho, de soja e de girassol que são ricos em gorduras poliinsaturadas. Para temperar saladas use poucas gotas de azeite e experimente temperos sem gordura ou com baixo teor de gordura;

• Sódio: a moderação no uso do sal e dos alimentos ricos em sódio é indicada para todas as pessoas e, principalmente, na gravidez. Quando ocorre retenção de líquidos ou aumento da pressão arterial, esta restrição deverá ser mais severa.

É importante que o acompanhamento da evolução ponderal e dos níveis glicêmicos seja feito durante toda a gestação por profissionais especializa dos, para garantir a saúde da futura mamãe e de seu filho.

O ideal é procurar um profissional especializado para que a orientação seja direcionada individualmente, de acordo com as necessidades nutricionais, peso, exames laboratoriais e semana de gestação.

O controle nutricional proporcionará uma gestação segura e feliz para a gestante diabética.

A gestante deve realizar um acompanhamento com um nutricionista, além de monitorações de suas taxas de glicose e prática de atividade física de intensidade leve a regular. O controle nutricional proporcionará uma gestação segura e feliz para a gestante diabética.

Uma receitinha Gostosa para acompanhar a matéria

SOPA CREME DE MANDIOQUINHA

Ingredientes:

• 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
• 500 g de coxão-duro sem gordura
• 2 dentes de alho picados
• 1cebola grande em pedaços
• 1 talo de salsão em pedaços
• 1,5 litro de água
• Sal a gosto
• 1 kg de mandioquinha amarela em pedaços
• Salsinha para polvilhar

Modo de Preparo:

Em uma panela de pressão, aqueça o azeite e doure a carne de todos os lados.
Junte o alho e a cebola e refogue até dourar. Acrescente o salsão e a água e tempere com o sal.
Feche a panela e deixe cozinhar por 40 minutos.
Depois de sair toda a pressão, abra a panela, adicione a mandioquinha e cozinhe até amaciar.
Retire a carne, desfie e reserve. Bata os demais ingredientes da panela no liquidificador, até formar um creme e volte a preparação para panela. Coloque a carne desfiada e cozinhe por mais 10 minutos. Sirva a sopa em uma terrina, polvilhe com salsinha e acompanhe com triângulos de pão sírio.